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Conclusão da BR-163 e o escoamento do Centro-sul ao Porto de Santana

Com a participação do Exército do Brasil, Governo Federal retoma as obras da rodovia e pretende concluí-la até o final de 2019, visando otimizar o escoamento da produção brasileira para os portos da região Norte.

Na década de 1970, o Brasil iniciou a construção da BR-163, parte do Plano de Integração Nacional do regime militar, ligando os municípios de Cuiabá, em Mato Grosso, ao município paraense de Santarém. Posteriormente ampliada ao estado do Rio Grande do Sul, até o município de Tenente Portela, totalizando incríveis 3.740 Km de extensão, dos quais restam cerca de 50 Km a serem asfaltados, no trecho entre os municípios paraenses de Novo Progresso e Itaituba, onde se localiza o Porto de Miritituba, uma das mais importantes descobertas de empresas gigantes do setor logístico nacional, por onde se estima passar 16,4 milhões de toneladas de grãos.

Espinha dorsal do projeto logístico que se convencionou chamar de “Arco Norte”, a BR-163 é a válvula de escape para a exportação brasileira, considerando a proximidade do esgotamento da capacidade e congestionamento de portos do Sul e Sudeste, pois, coloca a produção do Brasil em uma nova rota de transportes através dos portos das regiões mais setentrionais, com enorme potencial de crescimento de fluxo de cargas e, ainda, mais próximos de mercados consumidores mundiais.

O governo brasileiro pretende entregar a conclusão da pavimentação até dezembro deste ano, e pôr fim aos atoleiros quilométricos que prendem por até semanas caminhões abarrotados de grãos, colocando a vida de caminhoneiros em risco e causando prejuízos de próximos de R$ 600 milhões por ano, comprometendo consideravelmente a competitividade da produção brasileira no comércio exterior.

A conclusão do asfaltamento da BR-163 deve estimular a utilização do “Arco Norte” como uma nova rota com a força de impulsionar os demais portos da região Norte, a exemplo dos portos de Conde, também no Pará, e do Porto de Santana, no estado do Amapá. Este último, o Porto de Santana, no extremo nacional, possui a mais estratégica localização no território brasileiro, sendo o mais próximo de países da Europa, EUA, América Central, África e Ásia.

O porto amapaense conta com investimentos privados de grandes empresas nacionais, a exemplo da Caramuru Alimentos e da Cianport (um consórcio entre a Agrosoja e a Fiagril), que pretendem escoar cerca de 8 milhões de toneladas, ao mesmo tempo em que criam as condições necessárias para se produzir no cerrado do Amapá, que pode alcançar 1,2 milhão de toneladas de soja e 1,5 milhão de toneladas de milho nos seus 400 mil hectares agricultáveis.

Iniciada pelo Exército Brasileiro há 48 anos atrás, através do 8° BEC (Comando de Engenharia e Construção), vindo no sentido Norte-Sul, e o 9° BEC, vindo no sentido Sul-Norte, a conclusão da obra também é coordenada pela instituição, com a participação de uma empresa privada contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

 

Juan Monteiro

Jornalista, Especialista em Marketing do Agronegócio

 

 

 

 

 

 

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